quinta-feira, 31 de maio de 2007

A Lei da Atração colocada em prática

Acabei de receber o livro A Lei da Atração - O Segredo colocado em prática de Michael J. Loser. Não deu para ler tudo, mas o pouco que consultei mostra que é uma obra bem didática e tenta desarmar (não sei se com sucesso) algumas das "pegadinhas" que já mencionei em posts anteriores. Traz ilustrações, texto curto e direto, muitas recomendações e fórmulas. Em breve trarei mais detalhes e comentários sobre este livro. Espero que o autor consiga responder algumas das questões ainda deixadas em aberto pelo filme O Segredo e publicações que tratam do tema e foram lançadas anteriormente. É ver para crer...

Leia posts anteriores sobre Lei da Atração

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Branas mês dois

Completamos o segundo mês de atividades do blog Branas. Compartilho com vcs alguns números bem bacanas: praticamente dobrou o número de visitantes em relação ao mês de abril (384). Outro dado interessante é que quase triplicou a quantidade de páginas visitadas (799). Agradeço a todos que estejam consultando este blog e fico sempre no aguardo de comentários e e-mails. Sua opinião é muito importante para que possamos melhorar ainda mais este sítio.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

A campanha da imprensa

O jornalista Mino Carta é um dos grandes nomes da imprensa brasileira. Fez a Veja, a revista Quatro Rodas, o Jornal da Tarde e hoje edita a semanal Carta Capital, um dos poucos órgãos de imprensa lúcido neste país. Às vezes ele é um pouco rabugento, mas o fato é que não tem igual quando exerce o espírito crítico. Atualmente ele também edita um blog (viva o blog!) e diariamente nos traz opiniões interessantes e pontos de vista surpreendentes. Hoje tomo a liberdade de publicar um post em que em poucas linhas ele desnuda a campanha que a imprensa brasileira está fazendo em relação ao presidente venezuelano Hugo Chávez e o fechamento de uma emissora de TV local. O Branas assina embaixo...

A RCTV, lá e cá
A mídia nativa elegeu Hugo Chávez como o perigo público número 1, secundado por Evo Morales. Hoje leio na Folha de S.Paulo farto material assinado por Fabiano Maissonave sobre o fim da concessão da RCTV, maior emissora de televisão da Venezuela, determinado pelo presidente Chávez. Informa o jornal que com o encerramento das atividades da RCTV, não haverá mais crítica pela tevê ao governo de Caracas. Permito-me observar que a palavra crítica soa como muito tolerante em relação à emissora e distante da verdade factual. Dentro da RCTV foi tramado o golpe de Estado que em 2002 manteve afastado Chávez do poder por dois dias, e por pouco não o assassinou. Ali mesmo, nos estúdios da emissora, os representantes da oligarquia reuniram-se para urdir o plano de típico sabor latino-americano, a contar com o apuro da mídia em geral e quatro estrelas de quepes imensos. Concessões de canais são da competência do Estado, conforme a Constituição venezuelana. Quanto à liberdade de expressão e ao exercício da crítica, há notável diferença entre a defesa destes direitos democráticos e o inextinguível propósito de conspirar contra o Estado de Direito. Aliás, observo certo parentesco entre a mídia de lá e de cá

Coisas simples

Não sei se é o avançar da idade ou a busca pelo auto-conhecimento, talvez uma mistura dos dois, mas o fato é que tenho dado cada vez mais valor a momentos que antes não reparava com a mesma atenção. Por exemplo, apreciar uma tarde de outono. Nunca me senti tão bem ao caminhar com aquele friozinho no rosto, um pouco de sol e o céu azul.

E passear com o cachorro então? Todo o dia chego à noite e dou uma volta de 20 a 30 minutos. Posso estar cansado depois de um dia duro, mas tudo isso desaparece ao começar o passeio. Se for noites tropicais com aquele calor gostoso, ótimo. Se for com frio, como na última semana, tudo bem também. É prazeroso sentir as mudanças do clima, da temperatura, o cheiro das flores. Melhor ainda se consigo levar a alma gêmea na caminhada. Aí aproveitamos tudo isso e ainda colocamos a conversa em dia. Com calma e sem a correria de rápidos telefonemas ou trocas de e-mail.

Alguns filósofos argumentavam que a felicidade não estava necessariamente na riqueza ou na posse de bens materiais, mas nas coisas simples. Buda dizia que o que faz o homem sofrer é a necessidade de querer ter e um infinito apego ao mundo material. Como muitas vezes não conseguimos alcançar nosso objetivo, temos frustração, raiva e sofrimento. Portanto, prestem atenção no seu dia-a-dia e reparem se vcs estão aproveitando bem aqueles momentos simples, frugais, singelos, porém extremamente valiosos e próximos do que podemos definir como felicidade.

domingo, 27 de maio de 2007

Você acredita na Lei da Atração?

Esta é a principal questão que vivo recebendo no e-mail branas@uol.com.br. Alguns gostam de provocar e chegam a dizer que sou contraditório. Não é bem assim. Claro que tudo é uma questão de fé, porém este blog tem a missão de discutir estes temas metafísicos contudo sem esquecer de exercer o espírito crítico.

Explico o que eu quero dizer com um exemplo. Trabalhei durante muito tempo em uma grande editora. Como em toda grande corporação há um departamento chamado Tecnologia da Informação (TI para os íntimos). Também para não fugir à regra esta TI era odiada pelos funcionários. Chegavam a dizer que o setor era o Ladro Negro da Força (uma analogia à Guerra nas Estrelas e o vilão Darth Vader). Pois bem. Um dia um gênio de lá nos impôs um mecanismo de busca para ser colocado nos sites da empresa. Dizia que era o estado da arte em busca (mesmo não sendo do Google, mas esta é outra história). Beirava a perfeição, alardeava.

Claro que não era nada disso. O sistema dependia de tantas variáveis e keywords cadastradas para dar certo que era pior que o cubo mágico ou um destes joguinhos do tipo Lego de montar. Vc solucionava um problema no entanto causava um desequilíbrio em outra forma de busca que até então funcionava muito bem. Aí vc ia reclamar que o sistema não funcionava e o informata dizia que a ferramenta era boa. A culpa do não fucionamento correto era sua...E não adiantava argumentar.

Esta historinha real da série comédia corporativa cabe como uma luva na Lei da Atração. Parece ser realmente uma excelente ferramenta (diferentemente da minha busca). No entanto possui tantas variáveis e premissas (que já denominei de "pegadinhas" em posts anteriores) que tornam sua execução uma tarefa bem menos simples do que aparenta ser ou como é vendida nos fimes e livros.

Por ser um conceito muito empolgante e do bem não nos custa nada estudar a respeito e tentar colocá-lo em prática. Começo o dia, por exemplo, sempre agradecendo por estar ao lado de pessoas queridas, de ter conquistado algumas coisas e querer ir além. Isso me motiva muito e me faz um bem danado. Enquanto isso, espero conquistar aquele sítio na serra com uma bela cachoeira nas imediações...

Leia outros posts sobre este assunto:
Lei da Atração - primeira parte
Lei da Atração 2
Alimente os Grandes Sonhos
Lei da Atração na prática
Ainda O Segredo - sobre a reportagem na Veja
Tudo vibra
O Caibalion
Lei da Atração com todos os posts sobre Lei da Atração e O Segredo


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Filosofia para o dia-a-dia

Costumo visitar a banca de jornais uma vez por semana. Normalmente aos sábados. Religiosamente compro a Carta Capital e mais alguma revista que me emocione. São raras, aliás. Duas revistas espanholas de história e a mensal Vida Simples costumam ser as poucas exceções. Às vezes levo uma Rolling Stones, a Caros Amigos, a Época Negócios ou mesmo a Época (esta mais raramente). Cansei de gastar dinheiro com revistas com pautas fracas, abordagens superficiais e muitas vezes com viés político, como a Veja e a Exame. Por isso, decidi só comprar o que me dá prazer na leitura. E a Vida Simples é uma delas. Não que adore todas as edições. Acho que há um descompasso nas pautas, o que faz alguns números serem muito bons e outros medianos. Mas mesmo assim, na média, não ofende e sempre tem algo de interessante.

Mas toda esta volta é para citar um DVD que a revista acaba de lançar. Na minha visita à banca, esbarrei no produto da Vida Simples chamado "Filosofia para o dia-a-dia". Já está à venda o primeiro número (são dois) que aborda em três capítulos "Sêneca e a raiva", "Schopenhauer e o amor" e "Montaigne e a auto-estima". Tudo baseado na obra do escritor suíço Alain de Botton, que tenta em sua trabalho levar a filosofia para o cotidiano das pessoas. Claro que por ser filmes de 24 minutos não é possível uma abordagem muito profunda, mas o pouco que oferece já é muito estimulante e vale pagar os 30 reais pedidos.

Não vi todo o DVD ainda. Consegui assistir a dois dos três capítulos. Alain apresenta o documentário e procura mostrar quem é o filósofo abordado, contextualizar a obra dentro do período em que viveu e como podemos aplicar aquele pensamento em nosso dia-a-dia. No caso de Sêneca, por exemplo, a raiva vem da nossa necessidade de querer que o mundo funcione à nossa maneira. Por isso, temos que estar sempre preparados para quando as coisas fujam do controle. Prever o que pode dar errado faz com que nossa irritação seja bem menor e não nos frustremos. No trânsito, por exemplo, saber que existem motoristas barbeiros e que a qualquer momento vc pode ser fechado por um deles elimina a raiva quando isso realmente acontece.

Ver o documentário dá vontade de ir mais fundo no tema, comprar livros, pesquisar na internet etc. O problema é que muitas vezes esta busca acaba sendo frustrante porque quem fala ou escreve sobre o tema pode não ter o mesmo didatismo de Alain de Botton e aí alguns conceitos são quase impenetráveis. Mas só o fato de o DVD instigar a querer saber mais sobre temas filosóficos já é um grande mérito.

Leia também os posts
Sêneca e a tranqüilidade da alma
Maus efeitos da riqueza

sábado, 26 de maio de 2007

Lei da atração na prática

Tive uma experiência surpreendente ao visitar a sede de um pioneiro canal de vendas pela televisão. No interior do prédio reparei em uma escada bem larga e iluminada por janelões no alto. Abaixo dos vidros, em uma parede branca, vi vários quadros com montagem de fotos sobrepostas. Eram imagens de prédios de apartamento, casa no campo e na praia, automóveis etc. Uma pessoa que me acompanhava, vendo o meu interesse, me disse que cada quadro daqueles foi feito por um funcionário a pedido do dono e principal apresentador do canal. Ele queria que cada um colocasse naqueles quadros um desejo. Olhei supreso para meu interlocutor e disse em tom de pergunta, quase espanto: O Segredo? Mais admirado ficou o meu guia, que não trabalhava lá, com o meu conhecimento, mas confirmou na hora. "É isso mesmo. Desde dezembro o dono vem falando sobre este filme. Eu nunca dei bola sobre isso até ver na capa da Veja". Bom, lá estava eu na frente de um monte de quadros (acho que eram uns 50) e com clara referência à Lei da Atração. Uma coisa é vc ler e ver um filme a respeito, muitas vezes com autores e depoentes que nunca ouvimos falar antes. A outra é enxergar com seus próprios olhos a Lei da Atração sendo colocada em prática em sua primeira fase. Foi muito interessante e motivador. Para quem assistiu ao filme O Segredo sabe que um dos principais pontos da fita é sobre mentalizar o que vc quer até conseguir. Uma dos trechos detalha a história de uma pessoa que colocou em um quadro a foto de uma casa (na verdade uma mansão) em que gostaria de morar. Anos depois ele se mudou para uma nova residência. Quando estava desempacotando as coisas viu junto com o filho o quadro com a foto. Qual não foi a surpresa dele ao constatar que a casa que ele queria no passado era a mesma que ele havia comprado... Bom, e eu aqui presenciando a gênese de sonhos parecidos de pelo menos umas 50 pessoas. Espero que a Lei da Atração funcione para cada uma delas.

Leia outros posts sobre este assunto:
Lei da Atração - primeira parte
Lei da Atração 2
Alimente os Grandes Sonhos
Ainda O Segredo - sobre a reportagem na Veja
Tudo vibra
O Caibalion
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terça-feira, 22 de maio de 2007

Carrapatos, alergia e o aquecimento global

Li esta nota no Globo e resolvi compartilhar com vcs. Que os céticos sobre o aquecimento global leiam e reflitam.
" A mudança climática pode ampliar a temporada de pólen e facilitar a difusão de carrapatos transmissores de doenças no norte da Europa, além de permitir que mosquitos prosperem em novas áreas da África e da Ásia, disseram autoridades de saúde pública nesta semana.
De acordo com especialistas presentes na assembléia anual da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra, o aquecimento global já começou a alterar os padrões de doenças parasitárias e transmitidas pela água em áreas vulneráveis a secas e inundações.
Problemas respiratórios e cardíacos podem se tornar mais marcantes depois de ondas de calor e de um aumento da presença de material particulado (poeira, por exemplo) no ar, de acordo com Bettina Menne, da divisão européia da OMS. Ela afirmou que o pólen, responsável por muitas alergias, pode ser liberado antes pelas plantas e ficar mais tempo no ar quando o clima é mais quente.
Ela também citou o movimento dos carrapatos transmissores da doença de Lyme para o norte da Europa, num exemplo dos novos desafios sanitários que vão acompanhar o contínuo aquecimento da Terra, um fenômeno que os cientistas atribuem principalmente à atividade humana. "A mudança climática já afetou a saúde humana", disse ela na noite de segunda-feira, durante uma reunião técnica da OMS.Surtos de cólera e malária em países em desenvolvimento são resultado de mudanças ambientais que afetam os parasitas e as fontes de água, segundo a especialista. O sul da Ásia foi descrito no evento como um local particularmente ameaçado, por ter países propensos a inundações, como Bangladesh, além do degelo de glaciais do Himalaia, áreas desertas e grandes cidades litorâneas, onde a mudança climática poderia facilitar a transmissão de doenças e exacerbar as pressões da desnutrição.Maria Neira, diretora da OMS para saúde pública e meio ambiente, disse ser importante que os políticos lembrem que a mudança climática pode ter um impacto mais amplo do que outras ameaças ambientais e econômicas muito debatidas."

sábado, 19 de maio de 2007

Reaproveitando e consertando

Todos que acompanham este blog sabem que para nós sustentabilidade nada mais é que consumir menos e com racionalidade. A mídia, por razões publicitárias óbvias, não gosta muito de enfocar este conceito e prefere ficar na epiderme da frase: "temos que deixar um planeta melhor para as gerações futuras". Bacana, né? Mas como alcançar isso? Basicamente consumindo menos, reaproveitando mais, consertar e não descartar etc.
Frijof Capra, em seu As Conexões Ocultas, foi um dos primeiros a levantar seriamente a questão indo até mais longe na idéia (ver trechos abaixo). Na época, a proposta beirava o realismo fantástico, mas hoje em dia até programas de rádio já mencionam uma parte do conceito.
Outro dia ouvi uma jornalista indicar um site que auxilia não só a escolher os aparelhos que consumam menos energia, mas que também dá boas dicas de como reutilizá-los ou consertá-los. É o my green eletronics . O site é simples, direto e tem dicas que vão além do lugar-comum. O único galho é que está todo em inglês. Tem calculadoras de consumo e links interessantes. Um deles remete para o site greener choises, especializado em informações sobre reutilização e reciclagem de materiais eletrônicos.
Abaixo coloco um trecho do mencionado livro do Capra para vcs irem mais fundo neste conceito de reaproveitamento, reutilização, reuso e reciclagem. Só isso vai nos salvar. O resto é conversa para boi dormir. Fica sendo nosso especial de sexta, mas com cara de sábado...

"Numa sociedade industrial sustentável, todos os produtos, materiais e resíduos serão nutrientes biológicos ou técnicos...Se o conceito dos ciclos técnicos fosse plenamente implementado, provocaria uma reestruturação fundamental das relações econômicas. Afinal de contas, o que nós queremos dos produtos técnicos não é a sensação de possuí-los, mas os serviços que eles nos proporcionam. Queremos diversão do nosso vídeocassete, mobilidade do nosso automóvel, bebidas geladas da nossa geladeira, etc. ...Nós não compramos um televisor para ser donos de uma caixa que contem 4 mil substâncias tóxicas; compramo-lo porque queremos assistir à televisão.
Do ponto de vista do projeto ecológico, não há sentido algum em adquirir esses produtos para jogá-los fora ao término de sua vida útil. É muito mais coerente adquirir os serviços desses produtos, ou seja, alugá-los ou arrendá-los. O produto continuaria sendo propriedade da fábrica; quando não quiséssemos mais um produto ou quiséssemos uma versão mais nova, o fabricante tomaria de volta o produto velho, reduzi-lo-ia a seus componentes básicos - "os nutrientes técnicos" - e usá-los-ia para a fabricação de produtos novos ou para vender a outras empresas. A economia resultante não seria mais baseada na propriedade dos bens, mas seria uma economia de serviço e fluxo. As matérias-primas e componentes técnicos industriais circulariam continuamente entre os fabricantes e os usuários, bem como entre as diversas indústrias.
...(Nesta economia denominada serviço e fluxo) os fabricantes precisam ser capazes de desmontar facilmente os seus produtos a fim de redistribuir a matéria-prima. Esse fato terá efeitos notáveis sobre o projeto dos produtos. Os produtos de maior sucesso serão os que contiverem um número pequeno de materiais e cujos componentes possam ser facilmente desmontados, separados, recondicionados e reutilizados....Quando isso acontecer, a oferta de trabalho (para a desmontagem, a separação e a reciclagem) vai aumentar e a quantidade de resíduos vai diminuir. Assim, a economia de serviço e fluxo se apóia menos sobre o uso de recursos naturais, que são escassos, e mais sobre o uso de recursos humanos, que são abundantes.
Outro efeito dessa nova concepção de projeto será a harmonização dos interesses dos consumidores e dos fabricantes no que diz respeito à durabilidade dos produtos. Numa economia baseada na venda de bens, a obsolescência e a substituição freqüente dos bens atende aos interesses financeiros dos fabricantes, muito embora prejudique o meio ambiente e saia caro para os consumidores. Numa economia de serviço e fluxo, por outro lado, interessa tanto aos fabricantes quanto aos consumidores que se criem produtos duráveis, com um uso mínimo de energia e materiais".

Trechos do livro As Conexões Ocultas, de Fritjof Capra. Editora Cultrix

Leia aqui outros posts sobre sustentabilidade

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quinta-feira, 17 de maio de 2007

País de hipócritas

Economia é um dos assuntos que este blog procura mencionar de vez em quando. Afinal, não adianta nada estar em busca de novos universos e experiências metafísicas quando o dia-a-dia continua aí implacável. Bom, uma das coisas que não entendia é o motivo pelo qual a imprensa brasileira adora este dólar que vai indo ladeira abaixo. Chega a ser criminosa a omissão do governo e este silêncio da mídia. Não entendia a lógica até ler hoje um post do jornalista Luís Nassif. Claro que uma análise dessas só podia sair mesmo de um blog independente. Viva o blog! Reproduzo abaixo o post e o link para vcs visitarem o blog dele que é muito bom.

O país da hipocrisia
Para entender a posição de parte relevante da mídia com o câmbio

1) Imagine um jornal ou revista com:
100 de receita
35 de custo de papel
40 de custos administrativos e de pessoal
15 de custo de distribuição
10 de margem.
Câmbio a R$ 2,30.

2) Se o câmbio cair a R$ 1,80, todos os valores permanecem os mesmos, menos o custo do papel que cai para 27,4. Só com essa redução, a rentabilidade sobe para 17,61, ou 76% a mais.

3) Suponha, para efeito da simulação, que o custo de conquistar uma assinatura nova corresponda a 30% do seu valor no primeiro ano. Na verdade, o custo é bem maior. Pode chegar a 100% do valor da assinatura no primeiro ano. Só a partir da renovação é que a publicação começa a faturar com o novo assinante.

Mas fiquemos com os 30% de custo.

Para obter o mesmo aumento de rentabilidade que ganha com o dólar caindo a R$ 1,80, uma publicação teria que aumentar em 38% sua carteira de assinantes.

Na verdade, a apreciação do real, ao reduzir o custo do papel e da compra de enlatados estrangeiros, ajudou a encobrir a ineficiência de parte relevante da mídia, em geral aquela que chama de ineficiente o setor que é penalizado com a valorização do real. É o país da hipocrisia.

Link para o blog

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Alimente os grandes sonhos

Recebi um e-mail de um internauta que me pergunta se é possível tornar realidade desejos muito difíceis. Em tese, segundo os adeptos da Lei da Atração, seria possível sim. Como não sou o maior especialista vivo sobre este assunto, recorri aos alfarrábios. O livro Peça e será atendido tem um tópico chamado Alimente os grandes sonhos que esclarece um pouco mais esta questão e mostra outra pegadinha da tal lei (ver as outras no post Lei da Atração 2). Reproduzo um trecho:

"Não se impressione com a dimensão dos seus desejos. Use a imaginação para criar qualquer sonho e alimente seus grandes sonhos com tanta freqüência que eles acabarão se tornando familiares, e sua manifestação será a etapa lógica seguinte.
Por exemplo, uma mãe e sua filha adulta estavam pretendendo comprar uma casa grande em uma área agradável para nela instalarem uma pensão. A filha disse à mãe: "Se pudéssemos comprar essa casa, eu ficaria feliz pelo resto da vida. Se isso acontecesse, compensaria todas as coisas que eu quis e que não aconteceram".
Explicamos que a vibração do desejo da filha ainda não estava no lugar certo para permitir que essa experiência se concretizasse. Quando você tem a sensação de que o seu desejo é tão grande que parece inalcançável, ele não está próximo da manifestação. Mas quando tem a impressão de que o seu desejo é a próxima etapa lógica, então ele fica à beira da manifestação"


Outros posts sobre o assunto:
Lei da Atração - primeira parte
Lei da Atração 2
Tudo vibra
O Caibalion
Branas para leigos
Lei da Atração (marcador com todos os posts sobre o tema)

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segunda-feira, 14 de maio de 2007

O tempo que resta

O embaixador Rubem Ricupero anda se esmerando em seus artigos dominicais da Folha. O último colocou o dedo na ferida em relação ao aquecimento global e a posição do Brasil. Mostra que o governo está totalmente alheio ao risco que corremos. Diz ele no artigo O tempo que nos resta:

TEMOS APENAS oito anos para salvar o planeta. O relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre mudanças climáticas deixa claro que, para limitar o aumento da temperatura a 2C, é preciso que as emissões de gases-estufa se estabilizem em 2015 e caiam, em seguida, a algo entre 50% e 80% do nível de 2000.

Depois, será impossível evitar que as temperaturas aumentem até em 5C ou mais -a margem que nos separa da última era glacial, só que na direção oposta. A Terra se transformaria em planeta inóspito devido à aceleração do degelo na Groenlândia e na Antártida, à rápida elevação dos oceanos e à inundação de terras baixas, afogando cidades como Londres, Nova York, Miami e Rio.

O Brasil seria um dos países mais afetados, conforme estudo do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Perderíamos quase toda a floresta, o deserto se implantaria no Nordeste, boa parte das vantagens comparativas da agricultura e de nossa biodiversidade desapareceriam.

Diante desse perigo, o lógico é que o tema fosse a prioridade brasileira "número um", que permeasse todos os objetivos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e que um mecanismo de alto nível estivesse em ação para elaborar uma política urgente de atenuação dos efeitos da mudança climática. Nada mais longe da realidade. O governo, que se preocupa tanto em desviar do São Francisco águas que não existirão mais e viaja com comitivas presidenciais de centenas de pessoas, enviou apenas dois representantes à reunião da ONU que redigiu e aprovou um dos relatórios de conseqüências mais graves para o nosso futuro.

...A ironia é que acabamos não crescendo em mais de 20 anos e assistimos a Amazônia ser destruída ao ritmo de 24 mil km2 por ano -como comparação, mais do que os 21,9 mil km2 de extensão do Estado de Sergipe. O Brasil teria tudo para ser uma potência ambiental -aliás, a única área em que nossa aspiração a potência é realista.

Temos a maior floresta tropical do planeta, um dos principais reservatórios de água doce, biodiversidade riquíssima, equação energética limpa e a melhor experiência em biocombustível. Em vez disso, 75% das emissões que nos tornaram o quarto maior emissor de CO2 vêm das queimadas e apenas os 25% restantes vêm do setor moderno que impulsiona o crescimento, o que prova a falsidade do argumento desenvolvimentista.

Reféns de incendiários e devastadores, somos incapazes de assumir liderança moral e pró-ativa de negociações de futuro Protocolo de Kyoto que salve a Terra da destruição e contribua para defender nosso próprio patrimônio.

Não compreendemos que a alternativa desenvolvimento ou redução das emissões não existe porque não haverá o que desenvolver num planeta tórrido e semimorto. Se o pior acontecer, serão nossos descendentes aqui, não em Londres, que verão a Amazônia virar fumaça, o sertão se converter em novo deserto do Saara e as galerias de Copacabana se tornarem tocas de polvos e meros, como profetizou Rubem Braga em 1958. "

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O brasileiro e a religião

Passei batido no especial religiões da Folha publicado em 6 de maio, mas tento recuperar o tempo perdido. Aliás, excelente caderno e merece uma leitura atenta. O jornal fez uma bela pesquisa de opinião e praticamente referendou o que todo mundo já sabia: ao mesmo tempo que existe um sincretismo religioso nato do brasileiro também há muita desinformação e preconceito. Por exemplo, 57% dos entrevistados acreditam que os umbandistas têm parte com o demônio. 49% vinculam a religião muçulmana com o terrorismo.
Já o sincretismo está patente nos seguintes dados na interpretação de Reginaldo Prandi: "17% dos brasileiros freqüentam cultos ou serviços religiosos de alguma religião diferente da que professam. Esse número sobe a 19% entre os católicos, cresce para 37% entre os umbandistas e chega a 48% entre os seguidores do candomblé. Mais sectários, os evangélicos pentecostais se mostram numa cifra bem mais modesta: 9%. E o que vão fazer numa religião que não é a sua? Uns vão participar de atos com finalidade religiosa. Outros, presenciar ritos como casamento e funeral, numa atividade mais social que religiosa. Não raro, a coisa se faz por necessidade religiosa ou mágica, uma religião complementando outra. Isso é comum no Brasil, pelo caráter sincrético de nossas religiões. Umas mais, outras menos, toda religião é sincrética. "
Mas para mim o melhor foi o texto do publicitário Nizan Guanaes. Com o título Sou católico, apostólico, baiano, ele discorre sobre sua religião o candomblé. Alguns trechos:
"O candomblé não é religião. É culto aos antepassados, às forças da natureza. É moderno. Já era ecológico antes que a ecologia entrasse em voga. Não exclui opções sexuais. Ao contrário, acolhe. Os deuses do candomblé têm ira, inveja e raiva. Xangô é colérico. Oxum é ciumenta e chorosa. Ogum tem o pavio curto. Não é muito chique ser do candomblé. Pelo menos na parte do país em que vivo. Como toda cultura vinda dos vencidos, é visto como desvio, coisa de gente desajustada ou artista. E confesso que isso, ao contrário de me afastar dele, sempre me instigou a caminhar contra o vento. Toda sexta-feira vejo o olhar jocoso com que algumas pessoas me olham vestido de branco. O candomblé é o culto do bem. Tantas vezes confundido com feitiço. Se alguém usou esses poderes santos para o mal, é descaminho. E contra ele a força deve ter se voltado. O catolicismo não pode ser julgado a partir de padres pedófilos. E o candomblé não pode ser julgado a partir de pais-de-santo picaretas. Candomblé é magia."

Abaixo links para ler o especial e os artigos mencionados (para assinantes)
Artigo de Nizan Guanaes
Texto completo de Reginaldo Prandi

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Mais bem-aventurança

No post especial desta sexta, volto ao tema da bem-aventurança. É um conceito poderoso para mim que estou nesta busca pessoal. Começo um novo momento em minha vida e estou na expectativa que as portas se abram, que o poder de atração não me abandone e que tudo dê certo. Acredito que minhas vibrações estejam positivas. Torçam por mim!
Bom, hoje vou mencionar aqui um outro trecho de Joseph Campbell explicando a bem-aventurança no livro O Poder do Mito. No final, coloquei links para outros posts que abordam esta obra e têm mais partes interessantes transcritas. Clicando no marcador bem-aventurança você pode ler todos de uma vez. Boa leitura.

"CAMPBELL:...Voltei da Europa, como estudante, em 1929, exatamente três semanas antes da quebra da Bolsa de Nova Iorque, de modo que fiquei desempregado por cinco anos. Simplesmente não havia emprego. Para mim foi um período esplêndido.

MOYERS: Esplêndido? O auge da Depressão? O que havia de maravilhoso nisso?

CAMPBELL: Eu não me sentia pobre, apenas sabia que não tinha dinheiro. As pessoas eram muito boas umas com as outras, naquele tempo. Por exemplo, descobri Frobenius, que de repente me entusiasmou, e eu quis ler tudo o que ele tinha escrito. Então simplesmente fiz a encomenda a uma livraria que tinha conhecido, em Nova Iorque, e eles me enviaram os livros, dizendo que não precisava pagar, até conseguir emprego - o que aconteceu quatro anos depois.
Havia um velhinho maravilhoso, em Woodstock, que tinha uma propriedade com uns poucos quartinhos que ele alugava por vinte dólares ao ano, pouco mais, pouco menos, a qualquer jovem que, na opinião dele, tivesse algum futuro nas artes. Não havia água corrente, apenas aqui e ali um poço e uma bomba. Ele dizia que não mandava instalar água corrente porque não gostava do tipo de gente que isso atraía. Foi lá que realizei a maior parte das minhas leituras básicas. Foi esplêndido. Eu estava no encalço da minha bem-aventurança.
Bem, eu cheguei a esta idéia de bem-aventurança porque em sânscrito, a grande linguagem espiritual do mundo, há três termos que representam a margem, o trampolim para o oceano da transcendência: Sat, Chit e Ananda, A palavra Sat significa "ser"; Chit significa "consciência"; Ananda significa "bem-aventurança" ou "enlevo". Pensei: "Não sei se minha consciência é propriamente consciência ou não; não sei se o que entendo pelo meu ser é o meu próprio ser ou não; mas sei onde está o meu enlevo. Então vou apegar-me ao meu enlevo, e isso me trata tanto a minha consciência como o meu "ser". Creio que funcionou.

MOYERS: Será que chegamos a saber a verdade? Será que chegamos a encontrá-la?

CAMPBELL: Cada um possui a sua própria profundidade, a sua própria experiência, e alguma convicção quanto a estar em contato com sua própria sat-chit-amanda, seu próprio ser, através da consciência e da bem-aventurança. Os religiosos dizem que não chegamos a experimentar verdadeiramente a bem-aventurança antes de morrermos e irmos para o céu. Mas eu acredito em atingir o máximo possível dessa experiência enquanto estamos vivos.

MOYERS: A bem-aventurança é agora.

CAMPBELL: No céu, você terá um enlevo tão maravilhoso contemplando Deus que nem terá condições de se dedicar à sua própria experiência. O céu não é o lugar para ter essa experiência - o lugar para ela é aqui.

MOYERS: Você já teve a sensação, como eu tenho às vezes, ao perseguir a sua bem-aventurança, de estar sendo ajudado por mãos invisíveis?

CAMPBELL: O tempo todo. É milagroso. Tenho até mesmo uma superstição, que se desenvolveu em mim como resultado dessas mãos invisíveis agindo o tempo todo, a superstição, por exemplo, de que, pondo-se no encalço da sua bem-aventurança, você se coloca numa espécie de trilha que esteve aí o tempo todo, à sua espera, e a vida que você tem que viver é essa mesma que você está vivendo. Quando consegue ver isso, você começa a encontrar pessoas que estão no campo da sua bem-aventurança, e elas abrem as portas para você. Eu costumo dizer: Persiga a sua bem-aventurança e não tenha medo, que as portas se abrirão, lá onde você não sabia que havia portas.

MOYERS: Você já sentiu simpatia pelo homem que não dispõe desse tipo de apoio invisível?

CAMPBELL: Quem não tem esse tipo de apoio? Bem, esse é o tipo que evoca compaixão, o pobre coitado. Vê-lo tropeçando, desajeitado, quando todas as águas da vida estão exatamente ali, ao alcance da mão, realmente desperta piedade.

MOYERS: As águas da vida eterna estão exatamente ali? Onde?

CAMPBELL: Onde quer que você esteja, se estiver no encalço da sua bem-aventurança, você estará desfrutando aquele frescor, aquela vida intensa dentro de você, o tempo todo.

Livro: O Poder do Mito - editora Palas Athena - páginas 126, 127 e 128

Veja abaixo outros links para posts sobre Joseph Campbell, O Poder do Mito e a bem-aventurança:
Especial de sexta
Em busca da bem-aventurança

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quarta-feira, 9 de maio de 2007

Lula, a igreja e o aborto

Muito sensata a posição do presidente Lula em relação ao aborto. Pessoalmente é contra, mas, como chefe da nação, não pode fazer de conta que o problema não existe. O aborto deve ser encarado como uma questão de saúde pública. A declaração, que merece o apoio deste blog, foi motivada depois da campanha que a igreja católica iniciou sobre o tema (ainda mais com a visita do papa conservador) além de pedir, vejam vocês, a obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas brasileiras. Não sei em que mundo vivem nossos nobres bispos, mas parece que estão com saudades do poder que desfrutavam na idade média quando deitavam e rolavam na Europa. Não por acaso foi conhecida também como a idade das trevas para a humanidade...Os tempos hoje são outros e uma boa parte da população já cansou do obscurantismo religioso. Depois não adianta a igreja esperar quase 500 anos para pedir perdão pelos abusos e atrocidades perpetrados em nome de Deus, como nos casos dos cientistas Galileu Galilei e Giordano Bruno. Pior, parece que não aprenderam a lição. Os católicos que não quiserem fazer aborto são livres para seguir a recomendação da igreja. Como também devem ser livres aqueles que não concordam e acham que não há nada demais em permitir o aborto. Livre-arbítrio. De qualquer forma, vale a pena ler este trecho de reportagem publicada na Folha de São Paulo desta quarta-feira:

"José Gomes Temporão (ministro da Saúde) e Nilcéia Freire (ministra das Mulheres), criticaram a Igreja Católica e grupos religiosos pela "agressividade" e tentativa de "censurar" o debate sobre o aborto. O presidente da CNBB, d. Geraldo Majella, acusou o governo de promover a promiscuidade no país.Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que o aborto é uma questão de saúde pública. Sobre o posicionamento dos líderes católicos, afirmou: "Eu acho que a Igreja tem, primeiro, autonomia e idade pra tomar as decisões que melhor lhe convenha", disse Lula em São José (SC).Seus ministros concordam, mas criticam a maneira como a igreja tem discutido o assunto."É um tema que deve ser tratado com delicadeza. Não tenho percebido isso em alguns setores da Igreja, que fizeram declarações muito agressivas e distantes dos ensinamentos de Jesus", disse Temporão à rádio CBN. "Não é possível ignorar que milhares de mulheres se submetem a esse procedimento e as pessoas digam que nada está acontecendo.""Acho importante que a igreja ou grupos fundamentalistas ou religiosos não ajam como censores de uma discussão que a sociedade deve ter", disse Nilcéia. Estima-se que 1 milhão de abortos clandestinos ocorrem no país a cada ano. Salvo em casos previstos em lei, a interrupção da gravidez é crime, punível com até três anos de prisão."
Link para a reportagem completa (só para assinantes)

Abaixo a declaração de Lula na segunda-feira

"Eu tenho duas posições. Eu tenho a posição de pai e de marido, e de cidadão, e tenho um comportamento de presidente da República. São duas coisas totalmente distintas. Primeiro, eu tenho dito, na minha vida política, que sou contra o aborto. Tenho dito publicamente. E tenho dito publicamente que não acredito que ninguém faça aborto por opção ou por prazer. É importante que a gente saiba dimensionar quando uma jovem desesperada, numa gravidez indesejada, corre à procura de um aborto... Se nós tivéssemos, no Brasil, um bom processo de planejamento familiar, de educação sexual, possivelmente nós não tivéssemos a quantidade de gravidez indesejada que temos no Brasil hoje. Entretanto, quando ela existe, o Estado precisa tratar isso como uma questão de saúde pública, porque a história também nos ensina que, muitas vezes, no desespero e por falta de orientação, muitas meninas se matam precocemente. Eu conheço casos de meninas que perfuraram o útero com agulha de fazer tricô... O Estado não pode ficar alheio a uma coisa que existe, que é real, e não dar assistência para essas pessoas."
Link para a reportagem completa (só para assinantes)

Veja outros posts sobre o assunto nos marcadores aborto e planejamento familiar

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Biocombustível x fome

Outra boa polêmica é essa de que com o biocombustível resolvemos um problema e criamos outro com o encarecimento do preço da comida. Isso porque os agricultores só vão pensar em plantar cana-de-açúcar (no Brasil) e milho (nos Estados Unidos) deixando em terceiro plano o cultivo de alimentos. Obviamente que a lei da oferta e procura é implacável e com menos produtos sendo colhidos e consumo em crescimento o desastre está logo ali na esquina. Mas aí chega a turma do deixa disso, nunca vai acontecer, tudo isso é mito etc etc etc. Duas boas reportagens sobre este tema foram publicadas nas revistas Exame (edição 892) e na Época Negócios (edição 3).
Na Negócios há um artigo de Robert J. Samuelson, jornalista americano e colunista da Newsweek, que mostra que este problema de troca de cultura já está ocorrendo nos EUA. Diz ele "...o etanol conta com subsídios federais significativos. O subsídio leva as refinarias de petróleo a comprar mais etanol e aumenta a demanda pelo milho. É lógico que os produtores de milho adoram essa situação. São eles os principais beneficiários do programa. Embora o etanol substitua somente uma fração ínfima de todo o petróleo consumido nos EUA (pouco mais de 1%), seu impacto tem sido enorme sobre os preços do milho. Hoje, o milho custa de US$ 3 o alqueire, ante US$ 2 em 2006. É o maior preço em dez anos. Esse milho mais caro (utilizado na alimentação de aves de criação, suínos e rebanhos em geral) induz o aumento do custo da carne comercializada no varejo. Ironicamente, os subsídios concedidos ao combustível podem encarecer os preços dos alimentos..."
Já a revista Exame cita a The Economist sobre este assunto. Diz lá que existe o bom etanol e o mau etanol. A produção brasileira estaria do lado bom e a americana do lado mau. "Nos Estados Unidos, a briga por espaço no campo entre culturas destinadas à comida e à energia é uma realidade. Como o terreno para expansão agrícola é bem mais restrito por lá, as plantações de milho só podem crescer se roubarem espaço de outras culturas...As mudanças no agronegócio americano são tão abruptas que a capital do gado, o Texas, transformou-se na terra do etanol...Está cada vez mais claro que o modelo de negócios em que se sustenta hoje é equivocado..."
A revista Exame prossegue informando que isso não deve acontecer no Brasil "...O Brasil não reduziu seu ritmo de produção de alimentos. Pelo contrário. A atual safra de grãos, de 125 milhões de toneladas, bateu recorde histórico. Além disso, o país tem hoje as melhores condições para multiplicar as áreas de canaviais, sem prejuízo de outras culturas. Teríamos algo como quase 80 milhões de hectares de terras disponíveis para plantio de cana. Algo equivalente à soma dos territórios da Alemanha e Espanha. "Além de termos terra sobrando, somos campeões de produtividade em etanol", afirma Eduardo Carvalho, presidente da União da Indústria de cana-de-açúcar". Mas a reportagem concede que o avanço do plantio da cana é um risco ao meio ambiente: ..."queimadas estão destruindo largas porções de florestas nativas na Ásia. No Brasil, os canaviais estão empurrado a pecuária para áreas de preservação ambiental."
Bom, a lógica diz que essa estratégia de biocombustíveis pode resolver um aspecto da questão, mas não quer dizer que será a melhor solução possível. Como diz o jornalista Robert Samuelson "é preciso reduzir a dependência do petróleo. A maneira óbvia é aperfeiçoar o desempenho dos veículos, para que sejam de 30% a 50% mais econômicos nas próximas décadas. Precisamos de mais carros híbridos (combustível + energia) e de menor porte. Os biocombustíveis podem ser usados como complemento, mas, se nos cegarem para a realidade maior, podem nos levar ao retrocesso."

Alguns links para posts sobre sustentabilidade

Lixo nuclear em casa
Em Busca de mais energia
Um trecho de A vingança de Gaia
A tal de sustentabilidade
Uma visão holística e ecológica
Salvar o planeta

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Salvar o planeta

O IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática) terminou o monumental trabalho de radiografar o aquecimento global, com suas causas, efeitos, previsões e o que deve ser feito para diminuir os impactos negativos. O documento de 35 páginas, intitulado "Mitigação da Mudança Climática" lista as principais soluções para o problema de como reduzir o efeito estufa e o gás carbônico (CO2). A estimativa é que teremos que gastar algo próximo 3% do PIB mundial até 2030 para tomar algumas medidas para evitar que o pior aconteça. Ou seja: chegar a 2100 com um crescimento de 2 graus C na temperatura da Terra. Pode parecer pouco, mas seria catastrófico e mudaria totalmente o clima no mundo.
Entre as medidas estão a redução do CO2 entre 50% e 85% até 2050 - o que vai exigir uma participação conjunta de todos os países - , o uso de carros e eletrodomésticos econômicos, biocombustíveis, energia nuclear e a redução do desmatamento. Notem o termo energia nuclear. A Folha trouxe uma boa declaração do ministro Sérgio Rezende (Ciência e Tecnologia) que destacou a menção que o IPCC fez à energia nuclear como potencial "limpo". "A resistência a ela vem de alguns ambientalistas pouco esclarecidos", disse.
Olha, já dissemos em posts anteriores, mas é sempre bom repetir: só vamos conseguir sair dessa se diminuirmos o crescimento populacional no planeta, refrear o consumo desbragado e criamos condições de produzir tudo a partir de conceitos de sustentabilidade. Fora isso, temos que levar muito a sério a questão da energia nuclear como alternativa limpa para o meio ambiente. Já falamos sobre isso em posts anteriores. Vejam abaixo alguns links:

Lixo nuclear em casa
Em Busca de mais energia
Um trecho de A vingança de Gaia
A tal de sustentabilidade
Uma visão holística e ecológica

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sexta-feira, 4 de maio de 2007

Um visão holística e ecológica

O especial desta sexta-feira e do fim de semana é o livro A Teia da Vida, de Fritjof Capra. Na verdade não vamos abordar tanto o livro, mas mais especificamente o conceito holístico e ecológico que o autor usa. Nesta época em que estamos rompendo paradigmas em relação ao meio ambiente, afinal deixou de ser coisa de chato falar de ecologia, vale a pena uma releitura do que é ser holístico e ecológico e ter uma visão menos cartesiana da vida. Até mesmo entender que tudo está integrado em redes sistêmicas e que não podemos mais olhar apenas para o interesse pessoal de cada um. Isso já nos levou a este quase abismo. Veremos se teremos forças para reverter parcialmente este quadro. Boa leitura!

" Há soluções para os principais problemas de nosso tempo, algumas delas até mesmo simples. Mas requerem uma mudança radical em nossas percepções, no nosso pensamento e nos nossos valores. E, de fato, estamos agora no princípio dessa mudança fundamental de visão do mundo na ciência e na sociedade, uma mudança de paradigma tão radical como o foi a revolução copernicana. Porém, essa compreensão ainda não despontou entre a maioria dos nossos líderes políticos. O reconhecimento de que é necessária uma profunda mudança de percepção e de pensamento para garantir nossa sobrevivência ainda não atingiu a maioria dos líderes das nossas corporações, nem os administradores e os professores das nossas grandes universidades.
Nossos líderes não só deixam de reconhecer como diferentes problemas estão interrelacionados; eles também se recusam a reconhecer como as suas assim chamadas soluções afetam as gerações futuras. A partir do ponto de vista sistêmico, as únicas soluções viáveis são as soluções "sustentáveis". O conceito de sustentabilidade adquiriu importância-chave no movimento ecológico e é realmente fundamental. Lester Brown, do Wordlwatch Institute, deu uma definição simples, clara e bela: "Uma sociedade sustentável é aquela que satisfaz suas necessidades sem diminuir as perspectivas das gerações futuras". Este, em resumo, é o grande desafio do nosso tempo: criar comunidades sustentáveis - isto é, ambientes sociais e culturais onde podemos satisfazer as nossas necessidades e aspirações sem diminuir as chances das gerações futuras...
...O paradigma que está agora retrocedendo dominou a nossa cultura por várias centenas de anos, durante as quais modelou nossa moderna sociedade ocidental e influenciou significativamente o restante do mundo. Esse paradigma consiste em várias idéias e valores entrincheirados, entre os quais a visão do universo como um sistema mecânico composto de blocos de construção elementares, a visão do corpo humano como uma máquina, a visão da vida em sociedade como uma luta competitiva pela existência, a crença no progresso material ilimitado, a ser obtido por intermédio de crescimento econômico e tecnológico, e - por fim, mas não menos importante, a crença em que uma sociedade na qual a mulher é, por toda a parte, classificada em posição inferior à do homem é uma sociedade que segue uma lei básica da natureza. Todas essas suposições têm sido decisivamente desafiadas por eventos recentes...
O novo paradigma pode ser chamado de uma visão de mundo holística, que concebe o mundo como um todo integrado, e não como uma coleção de partes dissociadas. Pode também ser denominado visão ecológica, se o termo "ecológica" for empregado num sentido muito mais amplo e mais profundo do que o usual. A percepção ecológica profunda reconhece a interdependência fundamental de todos os fenômenos, e o fato de que , enquanto indivíduos e sociedades, estamos todos encaixados nos processos cíclicos da natureza (e, em última análise, somos dependentes desses processos).
Os dois termos, "holístico" e "ecológico", diferem ligeiramente em seus significados, e parece que "holístico" é um pouco menos apropriado para descrever o novo paradigma. Uma visão holística , digamos, de uma bicicleta significa ver a bicicleta como um todo funcional e compreender, em conformidade com isso, as interdependências das suas partes. Uma visão ecológica da bicicleta inclui isso, mas acrescenta-lhe a percepção de como a bicicleta está encaixada no seu ambiente natural e social - de ponde vêm as matérias-primas que entram nela, como foi fabricada, como o seu uso afeta o meio ambiente natural e a comunidade pela qual ela é usada, e assim por diante. Essa distinção entre "holístico" e "ecológico" é ainda mais importante quando falamos sobre sistemas vivos, para os quais as conexões com o meio ambiente são muito mais vitais...
...O que isso implica é o fato de que o vínculo entre uma percepção ecológica do mundo e o comportamento correspondente não é uma conexão lógica, mas psicológica. A lógica não nos persuade de que deveríamos viver respeitando certas normas, uma vez que somos parte integral da teia da vida. No entanto, se temos a percepção, ou a experiência, ecológica profunda de sermos parte da teia da vida, então estaremos (em oposição a deveríamos estar) inclinados a cuidar de toda a natureza viva. De fato, mal podemos deixar de responder dessa maneira...."

Trechos extraídos das páginas 24, 25 e 29 do livro a Teia da Vida, de Fritjof Capra. Editora Cultrix

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quinta-feira, 3 de maio de 2007

Lei da Atração 2

Já vimos como em tese a Lei da Atração usa a vibração para atrair os desejos de quem pede. Porém, há uma grande confusão entre pedir e achar que vai ser facilmente atendido. Na comunidade de O Segredo no Orkut reparei que a grande maioria das questões no fórum eram de pessoas que desdenhavam com vários exemplos mal-sucedidos da tal lei. O problema é que há algumas pegadinhas que tornam a possibilidade de ser atendido mais difícil, no entanto pouca gente repara nisso. Obviamente, com terreno tão pantanoso, os céticos têm alguma razão em desconfiar. Veja abaixo um check-list do que pode dar errado na Lei da Atração:
1) Bem-estar - vc precisa estar feliz com a vida, ter pensamentos positivos, estar em busca da felicidade, sumir com as emoções negativas. Tudo isso ajuda a ter uma vibração positiva. Deu para reparar na dificuldade de estar assim a maior parte do tempo?
2) Poder da vibração - pessoas ainda no "pré-primário" da Lei da Atração tendem a ter uma força menor do que os iniciados. Isso porque os pensamentos são confusos, há pouca concentração, a pessoa deseja o que não quer etc. A prática correta só virá com o tempo e muito treinamento.
3) Tempo - mesmo com um alto poder de vibração, leva algum tempo para conseguir o que se deseja. A Lei da Atração, dizem os entendidos, não é uma rede fast food com entrega imediata. E aí vc tem que ter paciência e aguardar, mesmo sem saber se conseguiu passar pelos itens 1 e 2...
4) Permitir receber - Esta é a pior de todas. Tudo o que vc pede é atendido, mas vc precisa permitir receber a resposta! Caso contrário, nada acontece. No livro Peça e será atendido essa regra chama-se Arte da Permissão. Sua vibração precisa estar sintonizada e em harmonia com o universo. Voltamos ao ponto 1...
Portanto, a Lei da Atração não é a panacéia que faz parecer à primeira vista. Não é almoço grátis. Para dar certo vai exigir uma série de mudanças em atitudes e comportamentos. Fácil de falar, mas difícil de fazer.
No livro Peça e será atendido tem alguns trechos sobre o tema acima que reproduzo aqui para fechar este post e deixá-los com seus pensamentos e reflexões:

"Se vc decidir "ir em busca da felicidade", mas estiver pensando em uma situação de vida problemática, sua decisão não será bem-sucedida, porque a Lei da Atração não pode atrair um pensamento com tanta diferença vibrátil...Mais uma vez: cada emoção indica quanta Energia você está atraindo por causa do seu desejo; as crenças e os pensamentos predominantes que você mantém com relação a esse desejo é que permitem que a Energia flua em maior ou menor quantidade...Quando suas emoções fortes são negativas (como depressão, medo ou raiva) você está oferecendo resistência ao seu desejo....Parece óbvio que a situação criadora perfeita consiste em querer muito algo que você verdadeiramente acredita ser possível. Quando essa combinação de desejo e crença está presente em você, as coisas se desenrolam de maneira fácil e rápida na sua experiência..."

Alguns links interessantes:

Lei da Atração - primeira parte
Alimente os Grandes Sonhos
Lei da Atração na prática
Você acredita na Lei da Atração?
Tudo vibra

O Caibalion
Branas para leigos
Lei da Atração

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Branas no orkut

Uma alma caridosa citou o Branas na comunidade de O Segredo no Orkut. O resultado foi um pico de acessos ao blog entre ontem e hoje. Bom, agradeço a indicação e dou boas vindas aos leitores que estão entrando aqui. Espero que gostem da proposta do blog e aguardo os comentários. Para finalizar, em minha busca para descobrir de onde no orkut estavam vindo os links, vi que nesta comunidade citam um site de compatilhamento de arquivos com vários livros em português, como o Peça e será atendido entre outros. Entrei, baixei um arquivo e aprovei. Vale a pena darem uma olhada. Anotem o sítio:
http://www.esnips.com/web/AbrahamHicksBrasil?docsPage=2#files

quarta-feira, 2 de maio de 2007

A lei da atração

Como já vimos em posts anteriores, tudo vibra neste universo. Este conceito vem desde tempos imemoriais com o Caibalion, passando pela física quântica e pela Teoria das Cordas (que ainda precisa ser comprovada cientificamente). E qual é o principal foco da Lei da Atração, que voltou à ribalta recentemente pelo filme O Segredo? A vibração, claro.
No livro Peça e será atendido há uma farta explicação sobre isso e que merece uma atenção especial de nossa parte. Diz lá que "você é um ser vibrátil...é um transmissor vibrátil e está transmitindo seu sinal em todos os momentos da sua existência. Enquanto está desperto, você projeta constantemente um sinal específico e facilmente identificável que é instantaneamente compreendido e respondido"
Por isso que a grande chave para que a Lei da Atração funcione está na consciência. Pelo que li neste livro e em outros locais, o treinamento do pensamento é fundamental. "Você pode aprender a moldar a energia que cria mundos com a concentração de sua mente. Você concentra através da projeção do pensamento".
Outro ponto importante é o bem-estar. A pessoa precisa estar totalmente equilibrada emocionalmente para que as vibrações funcionem. O bem-estar seria uma espécie de "cabo", "conexão" com o universo. "Você está bem. Você é amado, e o bem-estar flui constantemente em sua direção. Se você permitir sua entrada, ele se manifestará de todas as formas em sua experiência"
A partir daí começa o pulo do gato. Quando você dá atenção para alguma coisa já está vibrando energia. Ao focar muitas vezes naquela coisa cria-se uma crença. E aí funciona a lei da atração por meio da vibração desta coisa que você deseja. Por isso, diz o livro, é fundamental que você aceite sua condição de ser vibrátil. E acreditar nisso. "Você vive em universo vibrátil e é mais energia, vibração ou eletricidade do que percebe. Se você aceitar essa nova orientação e passa a aceitar-se como um ser vibrátil que atrai todas as coisas que lhe acontecem, então começará a deliciosa jornada rumo à Criação Intencional"
Bom, para início de conversa, acho que esta introdução resolve as questões iniciais e empolga por corresponder a algumas questões que a física nos apresenta. Mas voltaremos a este tema polêmico.
Abaixo alguns links de posts anteriores sobre vibração, teoria das cordas, física quântica e lei da atração.

Leia outros posts sobre este assunto:
Lei da Atração 2
Alimente os Grandes Sonhos
Lei da Atração na prática
Você acredita na Lei da Atração?
Tudo vibra
O Caibalion
Branas para leigos
Lei da Atração -

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Paulo Coelho x Roberto Carlos

A notícia da proibição da venda da biografia do cantor Roberto Carlos me surpreendeu, mas surpresa maior foi a falta de protestos contra a censura que a medida definida em acordo judicial trouxe. Para minha satisfação vi que o escritor Paulo Coelho também ficou indignado com o caso e desanca o cantor e sua própria editora, a Planeta, por ter aceitado passivamente os termos da ação judicial. Com o sugestivo título O que é "contexto desfavorável"? , o mago faz um belo artigo na Folha de hoje. Abaixo alguns trechos e link para a íntegra:

"...é com grande tristeza que leio nos jornais que, na 20ª Vara Criminal da Barra Funda, em São Paulo, os advogados do cantor Roberto Carlos e da editora Planeta fizeram um acordo que prevê a interrupção definitiva da produção e comercialização da biografia não-autorizada "Roberto Carlos em Detalhes", do jornalista e historiador Paulo Cesar Araújo. O editor diz um disparate para salvar a honra, o cantor não diz nada e o autor fica proibido de dar declarações a respeito. E estamos conversados. Estamos conversados? Não, não estamos, e tenho autoridade para dizer isso. Tenho autoridade porque, desde que publiquei meu primeiro livro, tenho sido sistematicamente atacado. Creio que qualquer pessoa em seu juízo normal sabe que, a partir do momento em que sua carreira se torna pública, está exposta a ter sua vida esquadrinhada, suas fotos publicadas, seu trabalho louvado ou enxovalhado pelos críticos. Isso faz parte do jogo e vale para escritores, políticos, músicos, esportistas. Nem sempre essas críticas são justas e, muitas vezes, descambam para ataques pessoais."
"...Diz o velho ditado: "Quem está no fogo é para se queimar". Eu acrescento: Quem está no fogo é para ajudar a fogueira a brilhar mais ainda. Não adianta o meu editor declarar que fez o acordo "porque o contexto era desfavorável". Ele precisa vir a público explicar qual é esse contexto -ou seja, se estamos falando de calúnia. Neste caso, tem meu apoio integral, pois calúnia é sinônimo de infâmia. Mas, caso contrário, está colaborando para que comece a se criar um sério precedente -a volta da censura. Roberto Carlos tem muito mais anos na mídia do que eu; já devia ter se acostumado. Continuarei comprando seus discos, mas estou extremamente chocado com sua atitude infantil, como se grande parte das coisas que li na imprensa justificando a razão da "invasão de privacidade" já não fosse mais do que conhecida por todos os seus fãs. "
"...gostaria que minha editora, dinâmica, corajosa, se instalando agora no Brasil, explicasse a todos nós, brasileiros, o que significa esse tal de "contexto desfavorável". Desfavorável é fazer acordo a portas fechadas, colocando em risco uma liberdade reconquistada com muito sacrifício depois de ter sido seqüestrada por anos a fio pela ditadura militar... "

Leia aqui o texto completo (só para assinantes)

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terça-feira, 1 de maio de 2007

Novidades no blog

Para melhorar ainda mais a sua navegação pelo Branas, implantamos algumas novidades. Uma delas é um canal de vídeo. O serviço é oferecido pelo Google e faz busca no Youtube a partir de termos sugeridos por este administrador. Optei por destacar filmes que já mencionamos no blog, como Universo Elegante, Quem somos nós e O Segredo. Funciona assim: cada um dos termos gera uma pesquisa com até 4 frames (quadradinhos). Este sistema é randômico, isso é, de tempos em tempo muda para o outro termo. Por isso que numa hora aparecem os quadrinhos de Universo Elegante e no outro de O Segredo. Atenção: quando vc clica em um dos quadros, o filme carrega no topo do blog. Sim, eu sei, é um pouco desconfortável e ainda estou trabalhando para melhorar isso. Se alguém souber de alguma dica, por favor, e-mails serão muito bem-vindos. Enquanto isso, aproveitem esta nova ferramenta do blog.
Outra novidade é que depois de um mês de Branas no ar já dá para fazer uma lista decente dos posts mais vistos. Isso pode ajudar a localizar mais rapidamente um tema que vc procura. Também me ajudou a perceber que o tema de O Segredo está em alta neste sítio. Por isso criei um novo marcador chamado Lei da Atração. Bom, coloquei os links para os nove textos mais procurados à direita entre a busca e filmes.
Espero que gostem!