segunda-feira, 28 de maio de 2007

Coisas simples

Não sei se é o avançar da idade ou a busca pelo auto-conhecimento, talvez uma mistura dos dois, mas o fato é que tenho dado cada vez mais valor a momentos que antes não reparava com a mesma atenção. Por exemplo, apreciar uma tarde de outono. Nunca me senti tão bem ao caminhar com aquele friozinho no rosto, um pouco de sol e o céu azul.

E passear com o cachorro então? Todo o dia chego à noite e dou uma volta de 20 a 30 minutos. Posso estar cansado depois de um dia duro, mas tudo isso desaparece ao começar o passeio. Se for noites tropicais com aquele calor gostoso, ótimo. Se for com frio, como na última semana, tudo bem também. É prazeroso sentir as mudanças do clima, da temperatura, o cheiro das flores. Melhor ainda se consigo levar a alma gêmea na caminhada. Aí aproveitamos tudo isso e ainda colocamos a conversa em dia. Com calma e sem a correria de rápidos telefonemas ou trocas de e-mail.

Alguns filósofos argumentavam que a felicidade não estava necessariamente na riqueza ou na posse de bens materiais, mas nas coisas simples. Buda dizia que o que faz o homem sofrer é a necessidade de querer ter e um infinito apego ao mundo material. Como muitas vezes não conseguimos alcançar nosso objetivo, temos frustração, raiva e sofrimento. Portanto, prestem atenção no seu dia-a-dia e reparem se vcs estão aproveitando bem aqueles momentos simples, frugais, singelos, porém extremamente valiosos e próximos do que podemos definir como felicidade.

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