sábado, 14 de abril de 2007

Tal qual avestruzes

Acabei de escrever o post abaixo e vi o artigo do médico Drauzio Varela na Folha de hoje (14/04) que vai de encontro com o que acredito. Tal qual avestruzes (só para assinantes) foca principalmente no planejamento familiar. "Se persistirem as taxas de natalidade atuais, nascerão 2,6 bilhões de crianças nos próximos 45 anos, número idêntico ao total de habitantes da Terra em 1950". Diante disso, investir em planejamento familiar não é mais uma opção é uma necessidade. Drauzio lista algumas medidas que precisam ser efetivadas, como "...dar mais poder às mulheres.O direito de escolher quando engravidar é crucial para a autonomia feminina. Meninas de escolaridade baixa tendem a casar mais cedo e a ter mais filhos, criando um ciclo perverso de fertilidade alta e desigualdade sexual. Reduzir a mortalidade infantil.Uma criança nascida menos de 18 meses depois de um irmão tem índice de mortalidade de duas a quatro vezes mais alto do que outra nascida com pelo menos 36 meses de diferença. Se as gestações ocorressem com pelo menos dois anos de intervalo, estima-se que seriam prevenidas anualmente pelo menos um milhão de mortes infantis. Promover a saúde materna. A expansão dos serviços de saúde não consegue acompanhar o crescimento populacional.O acesso à contracepção reduz a mortalidade materna, porque reduz o número de gestações e de abortamentos realizados em condições precárias." (grifo meu) . Mas quem disse que é possível fazer política pública séria de planejamento familiar neste país com igrejas, conservadores, mídia e elite branca brincando de falso moralismo? Bando de avestruzes!

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