domingo, 15 de abril de 2007

Aborto em plebiscito

O editorial da Folha deste domingo vai de encontro ao que defendi em um post anterior. Louve-se a postura do jornal. Temos que melhorar a qualidade do debate, deixar a população decidir e não fechar os olhos aos mais de 1 milhão de abortos no país. Um trecho da opinião do jornal que leva o título Aborto em plebiscito:
"... Discussões sobre o aborto são sempre difíceis, porque esse é um tema que mobiliza profundas convicções religiosas e humanitárias. Quem as tem -para um lado ou para o outro- raramente se deixa convencer pelos argumentos da parte adversária.É importante, entretanto, que se tragam para o debate novos elementos que transcendam à questão dos princípios. É aí que devem entrar as considerações de saúde pública..."
"... O problema das discussões principistas é que elas gravitam em torno de polêmicas insolúveis acerca de quando a vida tem início e deixam de levar em conta a realidade sanitária, que não é alterada por boas intenções ou palavras de ordem.Nem a ciência nem a religião podem dar uma resposta satisfatória e universal sobre quando começa a vida -se na concepção, ao longo do desenvolvimento fetal ou no nascimento. A única alternativa é deixar que o direito estabeleça o ponto, que será necessariamente arbitrário. O conjunto dos cidadãos e cidadãs tem toda a legitimidade para fazê-lo."

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