quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Tranqüilidade no trabalho existe?

Esta é uma dúvida que me assola vez ou outra. E quando chega, desanima a tal ponto que nem as coisas legais, como postar neste blog, me dão alguma alegria. Será que existe algum ambiente de trabalho que seja legal, com poucos problemas, com equipe comprometida e que não cause confusões e ainda traga soluções? Sei lá. Nunca encontrei um lugar assim e cada vez mais me convenço que estou atrás de um Santo Graal, do unicórnio, de um dragão...

O fato é que às vezes me dá vontade de largar tudo e ir para algum lugar bem distante onde possa ter alguma atividade econômica bem básica que gere alguma renda (por menor que seja) mas que em contrapartida me garanta paz e sossego. Será que estou querendo muito? Olho para meu guru Joseph Campbell e ficou pensando: cadê as minhas portas???

Num destes estados de melancolia fui a um evento de trabalho. Não conhecia ninguém e estava só representando uma entidade. Logo puxei papo com outro deslocado na festa. Uns 20 minutos depois chegou para minha surpresa um velho conhecido e diretor de marketing. Papo vem e papo vai o assunto da rodinha envereda para trabalho e felicidade. E saibam que nem provoquei o tema. Surgiu misteriosamente.

Os dois colegas defenderam a tese que não existe vida fácil em ambientes corporativos, mas que todos os executivos sempre reclamam da pressão mas adoram fazer o que fazem. A tese é que quando sua empresa (ou o ambiente de trabalho) o motiva intelectualmente e/ou o instiga a ser desafiado e o coloca à prova regularmente, você gosta do que faz. Sente prazer. Trabalha como um burro, mas adora aquilo e não o trocaria por nada neste mundo.

Como se vê as percepções das pessoas podem ser muito díspares. Enquanto acho que esta vida que levamos é uma insanidade, outras querem mais disso. E até acham que a felicidade está lá, neste mundo corporativo caótico. Já experimentei um pouco destas euforias e sempre foram efêmeras. O problema todo é que não consigo dar este salto para o outro lado do rio. Me libertar de um destes círculos do inferno de Dante...Enquanto isso, vou batalhando diariamente nesta minha Bagda particular.

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