quinta-feira, 29 de março de 2007

Nosso Lar

Minha família, como a maioria no Brasil, é ecumênica em questão de religião. Católica oficial para efeitos de IBGE, mas flerta com o espiritismo. Alguns até vão mais longe e conseguem ver, ouvir ou sentir a presença de espíritos. Certo, um cético raivoso como eu não dava muita pelota para estes assuntos metafísicos familiares. Mas no fundo algo me incomodava. O mundo lógico que me acompanhava ficava buzinando na minha orelha: será que não tem alguma coisa a mais ao seu redor que vc não está vendo? Mas, o que seria? Precisava entender melhor o que se passava. E lá fomos nós, imbuídos de um espírito cívico, desbravar a cartilha do espiritismo. Comecei pelo bê-a-bá, o clássico Nosso Lar, psicografado por Chico Xavier. E as revelações começaram: primeiro que todos os textos deste tipo são muito ruins. Mal escritos mesmo. Uma tortura conseguir ler este e outros que tentei desbravar. A segunda constatação: o mundo espiritural tinha ônibus! Para se deslocar entre um lugar e outro vc tem que tomar um transporte coletivo, no caso um bom e velho ônibus. Nada de metrô ou teletransporte. Ônibus!Não queria passar minha eternidade vivendo de maneira tão humana assim...Para mim havia uma clara interferência, intencional ou não, das informações que o autor tinha sobre sua realidade terrena com o que ele "recebia" de informações do outro lado. Se na época em que a obra foi escrita ônibus era a forma mais moderna de transporte coletivo no Brasil, isso acabou se refletindo no texto e nas descrições. Se escrita hoje, talvez os deslocamentos fossem de metrô ou em esteiras rolantes. Bom, o fato é que esta porta não estava me indicando um caminho. Precisava investigar mais...

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