segunda-feira, 2 de abril de 2007

Quem somos nós

Disse no post anterior da importância do contraditório em documentários, mesmo mantendo o fio condutor da tese principal, e a credibilidade dos personagens ouvidos. Acho que o caso mais emblemático para estas duas situações é o filme Quem Somos nós. O físico David Albert ficou furioso com o uso distorcido de suas declarações e tornou isso público (leia - em inglês). Ele não acredita que as leis da física quântica possam ser aplicadas da maneira como aparece no filme (principalmente em relação à consciência) e que são defendidas pelos outros entrevistados. Qual seria o problema de se mostrar isso na fita de maneira aberta? Ficou ainda pior editar para caber no roteiro pré-estabelecido. Mas não parou por aí e foram encontrados outros esqueletos no armário: a loira do filme (conhecida pela alcunha de JZ Knight) na verdade representava um espírito que viveu há 35 mil anos; esta mesma loira criou uma seita para cultuar este espírito e no qual fazem parte os produtores e diretores do filme; o físico John Hagelin ganhou o prêmio Ig Nobel por seu estudo sobre como a meditação coletiva ajudou a combater o crime em New York; o médico Jeffrey Sainover acredita que a homossexualidade é uma doença (vejam e comprovem no site dele). Aliás, estas e outras edificantes histórias sobre o outro lado de Quem Somos Nós podem ser lidas como muito mais detalhes no blog Dragão da Garagem. Bom, isso quer dizer que tudo que está lá no filme é uma porcaria? Calma, nem tanto o mar e nem tanto a terra. Nos próximos posts explico o que disso tudo eu consegui absorver e ter alguma certeza. Enquanto isso, façam um aquecimento lendo este interessante artigo publicado no Saindo da Matrix.

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